Estudo da GlobalData projeta que país asiático adiantará em cinco anos suas metas de adoção de solar e eólica, chegando a 1,7 TW em 2030.
A China deve antecipar em cinco anos suas metas internas de implementação das chamadas energias renováveis variáveis (VREs, na sigla em inglês) previstas até 2030.
Imagem: Divulgação
Segundo informações da GlobalData, empresa especializada em dados e análises, a previsão é de que o país chegue a 2030 com capacidade acumulada de energia solar fotovoltaica de 1.104,6 GW, de 560,8 GW de eólica onshore e com 54,7 GW de eólica offshore.
Com esse prognóstico, a China excederá a meta original de 1,2 TW de VREs, entre 2024 e 2025, e chegará a 1,72 TW em 2030, aponta o relatório da GlobalData, intitulado China Power Market Size, Trend, Regulations, Competitive Landscape and Forecast 2024-2035.
Além dessa conclusão, o estudo também destaca que a fonte solar fotovoltaica se manterá como dominante no mercado chinês até 2035 e que os incentivos financeiros e o apoio político estarão entre os principais fatores para facilitar o cumprimento das metas antes do previsto.
A GlobalData revela que em 2023 a capacidade solar fotovoltaica da China atingiu 609,5 GW, enquanto a eólica onshore e offshore ficou em 408,1 GW e 37,7 GW, respectivamente, totalizando pouco mais de 1 TW.
Isso fez com que, no mesmo ano, a fonte solar passasse a representar 20,9% do mix total de capacidade instalada do país e eólica onshore e offshore, 14% e 1,3%, respectivamente.
O cenário acelerado de inclusão das renováveis, porém, ainda não é suficiente para fazer com que a China deixe de ser muito dependente da energia térmica baseada em carvão.
Para o analista de energia da GlobalData, Sudeshna Sarmah, isso gera dois desafios principais para o país.
“Primeiro, o uso do carvão contribui para tornar as cidades da China algumas das mais poluídas globalmente.
Em segundo lugar, a produção doméstica de carvão está diminuindo, mesmo com o aumento da demanda por energia.
Um déficit significativo entre demanda e oferta pode surgir se a China não conseguir manter as importações de carvão da Indonésia, potencialmente comprometendo a segurança energética", disse Sarmah.
Na análise da GlobalData, os desafios estão sendo enfrentados pelo governo chinês com o aumento da geração de energia renovável, estratégia que, por sua vez, tem sido dificultada por conta da infraestrutura insuficiente de rede para escoamento da energia.
Além de a situação ter feito muitos projetos serem adiados, a expectativa é de necessidade de altos investimentos para expansão do sistema de transmissão.
Caso o prognóstico de inserção de renováveis na matriz se concretize, a empresa calcula que, até 2030, a fonte solar fotovoltaica representará 41,8% da matriz energética total do país, enquanto a eólica onshore e offshore devem deter participações de 16,8% e 2,1%, respectivamente.
Fonte: Fotovolt
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